domingo, 22 de junho de 2008

Temperatura abaixo de zero na Região Sul



Temperatura abaixo de zero na Região Sul



A primeira noite de inverno registrou temperatura abaixo de zero no Sul do país. Em São Joaquim (SC), os termômetros marcaram –0,5ºC, sexta-feira (20), segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Em Vacaria (RS), a temperatura chegou a 3ºC. Em Porto Alegre, o frio alcançou 9,5ºC.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Guadalajara, capital do estado de Jalisco

A cidade da tequila, mariachis, charrería e... Pelé

Inesquecível sede da Copa do Mundo de 70, onde o futebol brasileiro se sagrou tricampeão mundial, a mexicana Guadalajara, capital do estado de Jalisco, é muito mais que um importante destino de negócios.
Com perfil industrial, e muitas empresas internacionais, localizada a 540 quilômetros da Cidade do México, a capital do país, Guadalajara tornou-se, também, um efervescente ponto comercial e cultural, reunindo um pouco de tudo que o país tem de melhor.

Desde a Copa do Mundo que consagrou Pelé, os brasileiros nunca se esqueceram de Guadalajara, mas acabaram elegendo como destino de férias a capital e as praias de Cancún. O povo da região, no entanto, não esquece as conquistas do esporte brasileiro e até hoje exalta o feito da seleção na cidade.

Por isso, Guadalajara está disposta a recuperar um posto de destaque no turismo internacional, apostando numa bandeira com apelo mais fraternal. “Queremos oferecer carinho e amizade” afirma o diretor-geral de Promoção e Desenvolvimento Regional da Secretaria de Turismo do Estado de Jalisco, Francisco Salas Montiel.

Vídeo: Ciudad de Guadalajara/ Guadalajara City

A cidade é a segunda maior do México em população, com 3,9 milhões de habitantes, e berço de alguns emblemas do país, como a tequila, os mariachis e a charrería. O último, semelhante ao nosso rodeio, porém com cavalos, é considerado o principal esporte nacional.

Monteserrate, símbolo de Bogotá Também conhecida como “Cidade das Rosas”, ostenta belos portões, praças e jardins que adornam a arquitetura colonial (presente ainda hoje), que vive em perfeita harmonia com o moderno.

Localizada a 1.566 metros de altitude, Guadalajara fica no centro do estado, entre vales, vulcões e o Pacífico. Uma das bebidas mais famosas do mundo, a tequila, é proveniente do município de mesmo nome localizado na região metropolitana. A planta que dá origem à bebida é o Agave Azul, um tipo de babosa que pode ser observada no local, assim como seu processo de destilação.

A cidade oferece segurança ao turista com policiamento, boa sinalização, iluminação pública e cuidado especial com a limpeza urbana. Além de duas linhas de trem expresso, que cruzam Guadalajara de Norte a Sul, Leste a Oeste, facilitando os passeios. Isso tudo, sem dúvida, é um convite para conhecer sua história, seu povo e seu tempero.

Estilo colonial está nas obras de arte e na arquitetura


Guadalajara é uma das cidades mexicanas com maior número de edificações e obras de arte do período colonial em toda a América Latina. Entre os principais marcos estão os murais do Palácio Municipal, que descrevem a fundação da cidade, e a Catedral Metropolitana, que exibe diferentes estilos arquitetônicos – com duas imponentes torres e pinturas coloniais em seu interior. O templo foi iniciado em 1542, mas concluído somente no século XVIII.

Nos finais de semana, um programa para toda família é assistir às celebrações do templo e permanecer depois nas barracas montadas a sua volta, que oferecem petiscos como o chicharrón (toucinho) e a pitaya, um tipo de cacto vermelho.

Outras visitas obrigatórias são o Teatro Degolado, de arquitetura neoclássica, de 1866; o Palácio do Governo, de estilo barroco; e o Instituto Cultural Cabañas, que já foi orfanato, hospício e quartel general.

Muralista
Sua construção foi terminada no final do século XVIII e abriga um mural do artista plástico José Clemente Orozco (1883-1949), considerado o pai do movimento Muralista, que surgiu em 1922. Em outro canto da cidade existe um museu em sua homenagem, onde ele fazia seus trabalhos.

Um dos edifícios de grande valor histórico abriga a Biblioteca Iberoamericana. Em seu interior estão murais de José Alfaro Siqueiros, entre outros artistas, em um ambiente tão solene por dentro quanto por fora.
Quatro praças marcam em quadrante o centro da cidade – a Plaza Guadalajara (onde está a Catedral Metropolitana); La Rotonda de los Hombres Ilustres (que tem este nome devido ao monumento circular em homenagem a artistas e políticos do país); a Plaza de Armas e a Plaza de la Liberación (que à noite faz exibição gratuita de filmes em um grande telão).

Asteca
Próximo, está a Plaza Tapatía, com suas esculturas de pedra, bronze, ferro e água: a Fonte y Plaza de Los Fundadores, o Escudo de Armas da Cidade, a Fonte da Imolação à divindade asteca Quetzalcóatl e El Rincón del Diablo.

Não vá embora sem visitar, também, a Plaza dos Mariachis, denominação dada aos músicos típicos do país. Já a fascinante história dos primórdios mexicanos pode ser conferida no Museu de Arte Huichol.

Débora Mendonça, em A Gazeta

terça-feira, 17 de junho de 2008

Estolcomo, Suécia, a mais bonita capital da Escandinávia

Stokholm
O que era uma pequena cidade medieval fundada onde o lago Mälaren deságua no Mar Báltico, hoje é a maior – e de longe a mais bonita – capital da Escandinávia. Distribuída por 14 ilhas, Estocolmo tem lugares espetaculares como os canais, os prédios históricos em cor pastel e o oásis verde do Djurgården. Além de lindas paisagens, a cultura espalha-se por 100 galerias de arte e 70 museus – números impressionantes quando se considera que a população de Estocolmo não chega a um sétimo da de Londres.

Contexto

No coração de Estocolmo está Gamla Stan (Cidade Velha), uma ilha estreita, com ruas de pedra e pequenas lojas e cafés. O impressionante palácio real, o Kungliga Slottet (Royal Palace, 402 6000, http://www.royalcourt.se/), do século 17, domina a colina a nordeste, com a Storkyrkan (A Grande Igreja) ao lado, onde acontecem as cerimônias de coroação e casamentos reais. Na bonita Stortorget Square, onde está o Nobelmuseet (Stortorget, 5348 1800, www.nobel.se/nobelmuseum), os dinamarqueses massacraram 90 nobres no ano de 1520, no que ficou conhecida como o “Banho de Sangue de Estocolmo”.

Para oeste, da pequena ilha de Riddarholmen, as vistas da Riddarfjärden Sound e da Stadshuset (Prefeitura, Hantverkargatan 1, 5082 9059, www.stockholm.se/stadshuset) são espetaculares.

A leste está a ilha marítima de Skeppsholmen, onde fica o Moderna Museet (Skeppsholmen, 5195 5200, http://www.modernamuseet.se/ ) com obras do século 20 de artistas como Kandinsky, Dalí, Magritte e Picasso. Na ilha de Djurgården, um lugar delicioso para caminhar e fazer piqueniques, tem o Vasamuseet (Galärvarvsvägen 14, 5195 4800, http://www.vasamuseet.se/).

É dedicado ao navio de guerra Vasa, do século 17, que foi resgatado do fundo do mar em 1961 e reconstruído para formar esse museu fascinante.

Mais ao sul está o enorme museu a céu aberto, o Skansen (Djurgårdsslätten 49-51, 442 8000, http://www.skansen.se/), que ilustra a história social da Suécia por meio de 150 prédios antigos, além de ter também um zoológico com animais nativos.


O bairro empresarial e comercial é o Norrmalm (ou a ‘City’) e é onde estão marcos importantes como a Royal Opera e o National Museum (Södra Blasieholmshamnen, 5195 4300, http://www.nationalmuseum.se/ ).

• Informações turísticas: Sverigehuset (Hamngatan 27, 5082 8508, http://www.stockholmtown.com/).


Divirta-se

Vá para Stureplan, onde o glamoroso Sturecompagniet (Sturegatan 4, 611 4816, www.sturecompagniet.se), o pequeno e estilizado Spy Bar (Birger Jarlsgatan 20, 54 507 655 http://www.thespybar.com/), e o clássico Berns Salonger (Berzelii Park, 56 632 022, www.berns.se) dão o tom.

Quando se trata de encontrar um club em Södermalm, fica difícil vencer o jazz clássico do Mosebacke (Mosebacke Torg 3, 55 609 890, www.mosebacke.se).

A maioria dos clubs tem um código de vestimenta, e uma idade mínima para entrar (em geral acima de 20 anos) – além de filas na porta.

Há muitos bares em Södermalm, um antigo bairro operário que atrai multidões de jovens em busca de diversão mais barata. Entre os favoritos estão o despretensioso Folkhemmet (Renstiernas Gata 30, 640 5595) e o chique Öst 100 (Östgötagatan 100, 55 697 670).

A mais antiga universidade da Escandinávia (de 1477) fica na cidade histórica de Uppsala, assim como a maior catedral escandinava.

O suntuoso Palácio Drottningholm é a residência da família real e patrimônio mundial tombado pela UNESCO.


Onde Ficar

Há muitos hotéis em Estocolmo e normalmente as tarifas diminuem no fim de semana. O Rival (Mariatorget 3, 54 578 900, http://www.rival.se/, 1,695kr-2,890kr) esbanja nos bares, nos quartos estilosos e nas televisões de plasma.

Também muito bacanas e transados são o Nordic Light e o Nordic Sea (Vasaplan 4 & 7, 50 563 000, http://www.nordichotels.se/, 900kr-3,600kr).

Um ambiente que valoriza a história é o Clas på Hörnet (Surbrunnsgatan 20, 165 130, http://www.claspahornet.se/, 1,095kr-1,795kr), com móveis do século 18.

O Långholmen Hotel & Youth Hostel (Långholmsmuren 20, 720 8500, www.langholmen.com , 495kr-685kr no albegue; 1,290kr-1,590kr no hotel) fica em uma antiga prisão.

OO centro de informações turísticas Hotellcentralen (Central Station, 50 828 508, http://www.stockholmtown.com/) pode fazer reservas de hotéis.

Helsinki, capital da Finlândia, 450 anos de história


Em Helsinki, você nunca está longe da água, pois a cidade está localizada em uma península que invade o Mar Báltico. Durante os seus 450 anos de história, a sorte da cidade oscilou de acordo com as batalhas entre Suécia e Rússia pelo controle do Mar Báltico. A influência desses dois vizinhos está impressa na capital finlandesa, tanto na sua arquitetura romântica, quanto na personalidade nacional, que combina a melancolia eslava com o liberalismo escandinavo.


Festivais


Em junho, quando há luz durante quase todo o dia, Helsinki comemora o Juhannus (Solstício de Verão), com fogos de artifício e festas.

O Festival de Helsinki acontece em agosto, incluindo o ‘Night of Arts’, quando as apresentações de rua vão até o amanhecer.

O Baltic Herring Market é festejado na Market Square (Kauppatori) em outubro há mais de 200 anos, enquanto que em dezembro é tempo dos mercados de Natal e do Lucia Parede, desfile que vai até a Catedral Luterana.

domingo, 15 de junho de 2008

Montanhas e lagoas do turismo capixaba

PEDRA AZUL Foto: Fernanda Noronha



A grande vedete das serras capixabas é a região de Pedra Azul, em Domingos Martins, a apenas 90 quilômetros de Vitória, seguindo pela BR 262, no sentido Belo Horizonte. A natureza exuberante convida ao ecoturismo e também a um banho nas piscinas naturais. Quem prefere os prazeres da boa mesa pode se fartar com os restaurantes e as casas de chás do local. Aliás, a culinária da região serrana, influenciada pelas colonização alemã e italiana, é uma tentação em todas as estações do ano.



Santa Teresa

Santa Teresa é destino obrigatório dos amantes do bom vinho ou de uma cachaça especial. Famílias conservam a tradição artesanal de produzir essas bebidas e possuem alambique e vinícolas que podem ser visitados durante todo o ano. Parte da produção já ganhou o mercado exterior. As grandes fazendas de café da época do império predominavam em Venda Nova do Imigrante. A cidade é pioneira em agroturismo no Espírito Santo, com propriedade rurais abertas aos visitantes e fartura de produtos artesanais típicos como lingüiças, massas, doces, queijos, geléias, licores, biscoitos e a tradicional polenta.

Como chegar
  • Domingos Martins fica a 42 quilômetros de Vitória, seguindo pela BR 262, no sentido Minas. Há um portal na entrada da cidade no estilo italiano, que facilita a localização.
  • Informações turísticas e sobre hospedagem: www.domingosmartins.es.gov.br - www.aondefica.com/domingosmartins_es_.asp - www.rotasdoes.com.br/domingosmartins.htm

  • Porque não falta gente bonita e muita azaração

    Beverly Hills

    Dizem que na Beverly Hills norte-americana – bairro chiquérrimo de Los Angeles – circulam metade das Ferraris do mundo. Na Beverly Hills da Praia de Itapoã, em Vila Velha, pode não ter nenhuma Ferrari, mas lá desfilam homens e mulheres que fazem os queixos caírem da mesma forma que o cobiçado carro italiano. O trecho da praia fica lotado de jovens e contrasta com a pequena colônia de pescadores localizada a poucos metro dalí. Beverly Hills é freqüentada por bonitões e bonitonas que querem ver e serem vistos, e por quem gosta de reunir os amigos e pegar uma praia no point da cidade de Vila Velha.

    Ilha do Boi

    Na Capital, as Praias da Ilha do Boi são o metro quadrado de gente bonita mais caro da cidade. Mas não precisa se intimidar com a exuberância das mansões que circundam a ilha, porque a praia é pública, com mar calmo e com gente sarada para todos os lados.

    Enseada Azul

    Em Guarapari, a cidade que mais ferve no verão capixaba, não poderia faltar um local exclusivo para a azaração. Lá o endereço é a Enseada Azul, para onde a galera corre nos meses de janeiro e fevereiro. O agito das boates do balneário se estende para as areias da praia. Quem chega depois das 11 horas - quando o pessoal já conseguiu acordar e se recuperar da noitada anterior - corre o risco de não encontrar lugar na areia para colocar o pezinho.

    Porque dá para curtir também as cachoeiras e lagoas no interior


    Apesar de ter um privilegiado litoral, o Espírito Santo oferece aos turistas opções de diversão em cachoeiras e lagoas. Só no município de Linhares, são 69 lagoas. As mais famosas são a Juparanã e Lagoa Nova.


    Uma lagoa, várias praias

    A Lagoa Juparanã (foto) é a 2ª maior do Brasil em volume de água. Ela encanta por sua beleza e tamanho – 25 quilômetros de extensão e largura máxima de 5,5 quilômetros. Possui várias praias, sendo a de Três Pontas a principal. No meio da lagoa fica a Ilha do Imperador, com vegetação intacta.

    Água e mar

    Em Marataízes, uma das lagoas mais visitadas é a Lagoa do Siri. Separada do mar apenas por uma faixa de areia, a lagoa tem águas rasas e calmas, além de estrutura para camping, quiosques, bares e restaurantes. As lagoas são muito comuns em Marataízes, tanto que esse nome significa "água que corre para o mar".

    Cachoeiras

    No interior do Estado é possível conhecer recantos com cachoeiras que são um convite para o mergulho. Entre as mais bonitas estão a Cachoeira da Fumaça (Alegre), a de Matilde (Afonso Cláudio) e a do Véu de Noiva (Santa Leopoldina). Com 130 metros de altura, a Cachoeira da Fumaça tem esse nome pelas nuvens de água que se formam por causa da queda. A de Matilde é a maior do estado em queda livre, com mais de 60 metros.


    Sereias nas areias de Vila Velha

    A bacharel em Direito Renata Rossati, 24 anos, freqüenta o trecho da Praia de Itapoã conhecido como Beverly Hills há cinco anos, e viu o local se tornar o point que reúne o maior número de gente bonita no balneário de Vila Velha. "Moro em Itaparica, mas prefiro vir aqui. O mar é bom e a praia é mais movimentada", diz ela. No verão, Renata também freqüenta, com o namorado e os amigos, outra praia conhecida pela agitação e pelo encontro de gente sarada e bronzeada, a Enseada Azul, em Guarapari.


    Como chegar

    CACHOEIRA DE MATILDE



  • Fica no município de Alfredo Chaves e é a maior queda livre do estado. A cachoeira fica no meio do nada, e os visitantes devem levar algo para comer e água. Porém, lembre-se de não deixar lixo para trás.

  • CACHOEIRA DA FUMAÇA

  • Com uma queda dágua de aproximadamente 140 metros, a cachoeira fica a 33 quilômetros da sede do município de Alegre. O local faz parte de um parque estadual com posto de fiscalização, auditório, instalações sanitárias e estacionamento.


  • LAGOA JUPARANÃ

  • Segunda maior do país em volume de água, fica a 10 quilômetros do centro de Linhares. É cercada pro belas praias e tem infra-estrutura ideal para receber visitantes.


  • LAGOA DO SIRI

  • A cinco quilômetros de Marataízes, a lagoa é a mais procurada da região. Tem completa estrutura para camping.


  • CACHOEIRA VÉU DE NOIVA

  • A cerca de 10 quilômetros da sede do município de Santa Leopoldina, a cachoeira possui infra-estrutura de bar, restaurante e campo de futebol.


  • A Gazeta

    Olhares sobre Cuba, a ilha de muitas histórias

    oglobo.globo.com/fotos
    Olhares sobre Cuba


    Cuba fascina, sem dúvida. Inspira as artes de forma geral e atrai intelectuais e turistas interessados em saber como funciona aquele modelo, uma ditadura, que registra notáveis avanços na educação e na saúde e, em especial, na cultura.

    Mergulhada em contrastes, Cuba é tema da exposição "Cotidiano", dos fotógrafos Leandro Queiroz e Sérgio Cardoso, que será aberta hoje, às 19h, na Assembléia Legislativa. A mostra de 20 fotos registra o cubano no seu dia-a-dia, repleto de cores e uma alegria tipicamente latina.

    A exposição abre uma extensão programação em homenagem aos dez anos do Comitê de Defesa da Revolução Cubana Internacionalista do Espírito Santo (CDR-I/ES), entidade sem fins lucrativos que promove debates e eventos culturais em prol das mais de quatro décadas de revolução socialista.

    Sérgio Cardoso morou dois anos em Havana, enquanto Leandro Queiroz, seis meses. Ambos tentaram exaltar o cotidiano dos habitantes da parte antiga da capital, que está fora da rota turística que valoriza a revolução.

    "Cuba parece o Brasil da década de 50. Enquanto há carros antigos nas ruas da ‘vieja Havana’, há hotéis luxuosos e preparados para receber turistas na parte nova", descreve Queiroz. "A intenção foi retratar uma Cuba legítima: o homem fazendo charuto na calçada, a dança, a gente", define Cardoso.

    Diversidade. Cinema cubano, palestras sobre políticas públicas e cultura, presença do embaixador Mosquera, tudo isso integra a programação, que vai até dia 27 de outubro. Todos os eventos têm entrada franca.


    Entre os filmes, elencados pelo professor doutor em Comunicação e Cultura pela UFRJ Alexandre Curtiss, destaca-se "Memórias do Subdesenvolvimento", um clássico do cinema latino-americano, produzido em 1968, que enfoca a revolução do ponto de vista de uma classe média perdida em meio aos eventos sociais.

    ANÁLISE - Gabriel Bittencourt

    Fascínio

    Cuba é um mostruário de um sistema socialista de Estado que já acabou em todo o mundo. Mas o ideal não morreu.

    Em Cuba, é o Estado quem sustenta as pessoas produzindo arte e esporte. Onde mais isso existe? Poucos, ou ninguém, conseguem viver da escrita ou da pintura aqui no Brasil. O modelo favorece esse fascínio na medida em que não há corrupção dos ideais artísticos em prol de fins comerciais.

    Os intelectuais são essencialmente socialistas, e Cuba chama a atenção pelos contrastes. Chama a atenção na área informativa, em que o avanço é grande no que tange ao desenvolvimento de programas, mas pequeno no que se refere à produção de máquinas. O setor de bens de consumo duráveis é extremamente precário. Mas o nível de educação das pessoas é impressionante.

    Gabriel Bittencourt é historiador, presidente de honra do Instituto Histórico e Geográfico e vice-presidente da Academia Espírito-Santense de Letras.


    A Gazeta - Neyla Tardin

    Haia, a capital mundial da Justiça

    Vídeo: The Hague 1910 & 1999 (Den Haag / La Haye) Comparaison


    A capital mundial da Justiça



    A Corte Internacional de Justiça, em Haia, na Holanda, responsável pela Justiça mundial e herdeira legítima do Tribunal de Haia, completou 62 anos e torna-se cada vez mais importante. A maioria dos brasileiros já escutou falar, certamente, do apelido recebido por Rui Barbosa, a Águia de Haia, por sua atuação na cidade holandesa, defendendo a igualdade das nações.

    A Suprema Corte Permanente de Justiça Internacional de Haia tem uma herdeira: a Corte Internacional de Justiça, principal órgão judiciário da ONU, sediada em Haia, na Holanda, fundada em 18 de abril de 1946.

    A Corte Internacional de Justiça (CIJ) foi criada em substituição à Corte Permanente de Justiça Internacional da antiga Liga das Nações, a antecessora da Organização das Nações Unidas. Desde 1922, ambas as cortes funcionam no mesmo local, o Palácio da Paz em Haia.

    A Corte é composta por 15 juízes de diferentes nacionalidades, eleitos por 9 anos pela Assembléia Geral e pelo Conselho de Segurança da ONU. Tem por função julgar as desavenças jurídicas entre Estados soberanos e emitir pareceres sobre questões de direito internacional.

    Quando se fala no tribunal de Haia, pensa-se logo, entretanto, no tribunais para julgamento de criminosos de guerra. Haia, todavia, é uma cidade repleta de tribunais de Justiça. Além da Corte Internacional de Justiça (CIJ), há, por exemplo, o Tribunal Penal Internacional (TPI), estabelecido em julho de 2002.

    Diferentemente da Corte Internacional de Justiça, o TPI é responsável pelo julgamento de indivíduos, e não de Estados, nos crimes praticados contra a humanidade, como genocídio e crimes de guerra.


    Foi o Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia, estabelecido em 1993, que atraiu a atenção para Haia. Foi a primeira vez na história que um chefe de Estado, o ex-presidente Sérvio, Slobodan Milosevic, foi julgado por crimes contra a humanidade e genocídio. Ele morreu em sua cela pouco antes da sentença dele ter sido proferida.


    Bacharel em Direito capixaba realiza sonho em Haia


    Quem estuda Direito no mínimo deve ter a curiosidade de conhecer o Tribunal Penal Internacional, não somente pela sua importância histórica, mas também pelas singularidades dos julgamentos ali realizados. A bacharel em Direito Maria Aparecida Tononi Dalarmelina, 46 anos, no entanto, tinha mais que curiosidade: conhecer a corte internacional na Holanda era um verdadeiro sonho.

    Esse desejo, realizado em abril passado, pode ser explicado pela relação com o avô dela, o italiano Vittorio Giurizzatto. Quando ela ainda era criança, o veterano contava histórias vividas por ele na Primeira Guerra Mundial. "Uma das mais marcantes foi quando, no fim de uma batalha, ele trocou o cantil com um soldado inimigo, da Áustria. Ele foi condecorado pelo governo italiano como um herói de guerra. Por conta disso, passei a querer conhecer o Tribunal de Haia, o símbolo máximo de justiça nessas questões de guerra", conta, emocionada.

    Contando com a mediação da FDV, onde terminou o curso de Direito no ano passado, Maria Aparecida conseguiu autorização para participar de audiências do julgamento do ex-presidente da Libéria, Charles Taylor. Ele está sendo julgado por crimes de guerra cometidos durante os 11 anos de conflito armado em Serra Leoa.

    O que mais a impressionou na semana em que participou das sessões foi a segurança que cerca o julgamento. "Eu assisti a tudo de um local com vidro blindado. As testemunhas não podem ser vistas. Um dos advogados chegou a ser repreendido porque deixou à mostra uma carta em que se podia ler o nome da testemunha. Não dá nem para comparar com os julgamentos realizados no Brasil", enfatiza.