terça-feira, 19 de outubro de 2010

Fortaleza, a capital brasileira da qualidade em conectividade

Um estudo realizado pela empresa americana de tecnologia Cisco, pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, e pela de Oviedo, na Espanha, revela que Fortaleza é, entre seis capitais brasileiras pesquisadas, a que tem a melhor internet de banda larga.

Em seguida, vêm Brasília, Belo Horizonte, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. A eficiência do serviço nas outras capitais não foi aferida.

Divulgado divulgado nesta segunda-feira, o estudo mediu a qualidade da banda larga em 239 cidades de 72 países, que também foram avaliados de acordo com a penetração do serviço.

Para aferir a qualidade, a pesquisa levou em conta as velocidades de download e upload de arquivos e o tempo de latência, ou seja, de transmissão e recepção de sinais (na prática, o tempo entre dizer algo e ser ouvido por outra pessoa numa conversa pela internet, por exemplo).

No ranking geral, o Brasil ficou na 42ª posição, caindo sete posições em relação a um mesmo estudo, feito em 2008. Na ocasião, porém, havia 13 nações a menos na lista.

Líder do ranking no último estudo, a Coreia do Sul manteve a posição e aumentou a vantagem em relação aos demais países. Atrás dela vêm Hong Kong, Japão, Islândia, Suíça, Luxemburgo e Cingapura.

Entre os países onde a penetração da banda larga mais aumentou se destacaram Emirados Árabes Unidos, Malta, Chipre, Irlanda e Grécia.

Banda larga no Brasil


Segundo Fernando Gil de Bernabé, diretor-sênior da Cisco, a pesquisa mostrou que 21% dos lares brasileiros têm banda larga. Em 2008, eram 16%.

Ele diz que, apesar do progresso, que segue a média dos outros países, o Brasil não deu um grande salto no número de pessoas com acesso a serviços de banda larga, como aconteceu nações do Oriente Médio, nem na qualidade do serviço.

O Brasil tampouco está no grupo nos 14 países que, de acordo com a pesquisa, estão preparados para aplicativos que necessitarão de uma banda larga de maior qualidade nos próximos cinco anos.

O estudo prevê que, nesse período, e-mails, redes sociais, sites de vídeos e programas de conversa exigirão maior velocidade na recepção e transmissão de dados. Na pesquisa feita em 2008, somente o Japão estava preparado para os avanços que ocorreriam nos anos seguintes.

Competitividade e inovação

Associando o desempenho dos países aos seus níveis de desenvolvimento econômico, o estudo diz que os investimentos em banda larga se refletem em maior competitividade e inovação.

A pesquisa também cita países do leste europeu (entre os quais Bulgária, Hungria, Romênia e República Tcheca), destacando que, ao concentrar seus investimentos na instalação de redes de cabos e fibra óptica em suas principais cidades, ultrapassaram países mais ricos no quesito qualidade da banda larga.

Isso porque, nas nações desenvolvidas, a política mais comum tem sido aumentar o número de usuários do serviço, ampliando sistemas mais antigos e menos eficientes, como o DSL.

A pesquisa ainda aponta que 10% das pessoas com acesso à banda larga pelo celular já obtêm qualidade semelhante à de redes fixas, um avanço significativo em relação às últimas pesquisas.

Nesse campo, a Suécia, a Dinamarca, os Estados Unidos e a Espanha tiveram os melhores desempenhos. (BBC Brasil)

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