domingo, 14 de novembro de 2010

Roma, na Itália, desperta para os novos tempos


ROMA - Roma é a cidade que dorme demais. Diferentemente de qualquer outra capital cultural da Europa, essa gloriosa mistura de história e arte muda devagar. Mas, ultimamente, ganhou um novo brilho. Um museu futurístico deu cor ao cenário arquitetônico da cidade. Jovens chefs estão experimentando ingredientes locais para criar novos sabores. E mesmo os antigos palazzos estão sendo repaginados. Após anos adiando o despertar, Roma pode finalmente estar acordando.

MAXXI, Museo Nazionale delle Arti del XXI Secolo, em Roma www.fondazionemaxxi.it

O Maxxi foi inaugurado em abril, e continua sendo o assunto da cidade. Projetado por Zaha Hadid, é um ambicioso museu de arte contemporânea com sua divertida aparência com rampas de ângulos irregulares, cantos escondidos e janelas oblíquas. Apesar de ser nova, sua coleção permanente reúne obras de nomes respeitáveis como Francesco Clemente, William Kentridge e Gerhard Richter.


Para um aperitivo depois de tanta modernidade, vá até o ReD, um restaurante com um bar animado que atrai músicos e seus fãs. O lounge fica na calçada em frente ao Auditorium Parco della Musica, um complexo multifuncional projetado por Renzo Piano que se tornou um centro cultural desde a abertura, em 2002. Se você vier no outono, aproveite para conferir o festival Roma Europa, que reúne música, dança e teatro do mundo inteiro.


Na hora do jantar, se quiser variar um pouco do usual spaguetti all'amatriciana que domina os menus romanos, vá até o bairro residencial de Prati, onde fica o Settembrini, um novo restaurante chique que usa ingredientes clássicos de maneiras diferentes. Tainha em cama de vegetais (16 euros), coelho tenro (12 euros) e risoto de beringela com parmesão (14 euros) se destacam. A decoração é minimalista mas acolhedora, e as mesas do lado de fora são espaçosas.

Depois do jantar, pule a sobremesa e compre uma casquinha de sorvete na Gelateria dei Gracchi ou na Al Settimo Gelo, duas das melhores sorveterias numa cidade que é repleta delas. Na Gracchi, os sabores de nozes e frutas são frescos, como se tivessem sido arrancados na hora da árvore, e fazem valer o preço da passagem de avião.

Vinhos, cozinha criativa e passeio para comprinhas pela cidade

Para uma boa comida, com ambiente amigável e preços razoáveis - além de uma vista que não tem preço para a coluna de Trajano - vá até a enoteca Provincia Romana. O elegante e novo bar de vinhos foi criado pela província do Lazio para promover os produtos locais. As carnes e os queijos são excelentes, assim como as saladas. Sente-se e aproveite o ambiente, ou então compre um sanduíche na chapa feito com beringela apimentada, mozzarella fresca e manjericão (3,50 euros) para fazer um piquenique perto no Fórum Romano.
San lorenzo 


E como nem tudo em Roma é eterno, para uma dose de neorrealismo faça um passeio por San Lorenzo, o antigo bairro de operários próximo à estação Termini que ganhou vida com suas butiques chiques e ateliês. Procure por lá a Myriam B., que vende roupas e joias femininas feitas à mão. Claudio Sanò faz bolsas e outros acessórios em couro sob medida, e a Candle's Store vende velas artesanais.

Alguns restaurantes estão se especializando naquilo que os italianos chamam de "cozinha criativa", uma nova perspectiva de velhos padrões. Um dos mais novos é o Pastificio San Lorenzo, restaurante e bar de vinhos chique mas informal, que abriu no ano passado em uma antiga fábrica de macarrão. Entre as especialidades estão um ovo pochê empanado com delicado molho de queijo (10 euros), atum grelhado com molho de iogurte (20 euros) e um leitão assado com figos cobertos com açúcar e feijão verde descascado (18 euros).

Nenhuma noite está completa sem um passeio pela animada região de Trastevere. Entre os bares da moda está o Freni e Frizioni, onde você pode tomar um drinque enquanto observa o Rio Tibre. Ou então provar uma cerveja artesanal no pub da esquina, Ma Che Siete Venuti a Fa'. Se preferir ficar por San Lorenzo mesmo, siga a festa na Aurunci 42, um simpático bar na Piazza dell'Immacolata, que se transforma num lounge ao ar livre nas noites de fim de semana.

Caravaggio e uma visita ao cemitério


Ano passado, dois jovens chefs ambiciosos, Stefano Callegari e Gabriele Gatti, assumiram um pequeno "buraco numa parede" na região de Testaccio e abriram a Pizzeria 00100, que ganhou o nome pelo grau de semolina da farinha. A popular pizzaria é especializada nos "trappizzini", grossos pedaços triangulares de pizza que podem ser recheados até com almôndegas (a partir de 3 euros) e forram o estômago para um dia de passeios.

Além do novo Maxxi, Roma tem uma grande variedade de museus, desde a Galleria Borghese até o Palazzo Massimo, todos em diferentes graus de conservação. Após uma extensa renovação, a Galeria Nacional de Arte Antiga do Palácio Barberini reabriu recentemente. Sua formidável coleção, agora toda reorganizada e exposta em paredes recém-pintadas, inclui o quadro "Judite e Holofernes", de Caravaggio, no qual a heroína bíblica treme levemente enquanto usa sua lâmina para decapitar Holofernes.


Como o Père Lachaise, em Paris, o cemitério protestante é um dos lugares mais contemplativos e também esquecidos de Roma. Área do descanso final de não-católicos por séculos, o cemitério tem entre seus residentes permanentes John Keats -- em seu túmulo está escrito "Aqui jaz aquele cujo nome foi escrito na água". Além de românticos, há frequentemente um fluxo constante de homens de cabelos grisalhos que prestam homenagem a Antonio Gramsci, fundador do Partido Comunista Italiano.

Em meio ao caos geral, a capital tem outros ótimos locais para relaxar. Suba pela calma ladeira Aventine para encontrar a maior piada da cidade barroca: um buraco de fechadura na sede da Ordem Soberana dos Cavaleiros de Malta, que enquadra perfeitamente a vista da Basília de São Pedro. No jardim que fica mais adiante na rua, a vista da cidade que se estende abaixo é de tirar o fôlego. Isto é, afinal, o motivo pelo qual você veio.
Boa Viagem

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Espanha: Beleza guardada entre as muralhas da Extremadura

CÁCERES - Ninhos de cegonhas, vinhos caseiros, laranjeiras nas calçadas, queijos e presuntos especiais, castelos medievais, ruínas romanas e uma só religião: a siesta. Assim é a Extremadura, uma das regiões menos conhecidas da Espanha. Praticamente no meio do caminho entre Madri e a fronteira com Portugal, a junta - composta pelas províncias de Cáceres e Badajoz, e na qual vivem pouco mais de um milhão de habitantes (num território do tamanho da Suíça) - preserva um clima provinciano que outros centros turísticos do país perderam há tempos. Não há multidões aglomeradas em frente aos cartões-postais, que não são poucos.


Basta conhecer as cidadelas muradas de Cáceres e Trujillo, que parecem imunes aos efeitos do tempo. Ou Mérida, onde o passado romano brota no chão com uma facilidade única fora da Itália. E, claro, a comarca de La Vera, escolhida por um imperador que nunca havia pisado na Espanha como sua última residência. Sinal que a tranquilidade extremenha faz sucesso há séculos.


Monumental é a palavra normalmente usada para descrever Cáceres, capital da província do mesmo nome e segunda maior cidade da Extremadura. Não sem motivo. A cidade tem um dos centros antigos mais bem preservados do país e, quem sabe, do continente. Por trás de uma muralha erguida primeiro pelos romanos, fortificada pelos árabes e ampliada pelos cristãos, fortalezas, casarões, palácios e igrejas vêm os séculos passarem sem perder a imponência de seus melhores dias. Por isso é considerada, desde 1968, um Conjunto Monumental Europeu, e desde 1986, Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

A nota ruim para quem pretende visitar a cidade nos próximos meses é o atual estado da Plaza Mayor, fundamental para se ter a visão frontal da entrada da cidade murada. Por causa da (já fracassada) candidatura para ser a Cidade Europeia da Cultura em 2016, a prefeitura iniciou uma reforma geral na praça, que há meses se transformou num canteiro de obra cercado por tapumes.

Fundada pelos romanos em 34 a.C. com o nome de Norba Caesarina, caiu em decadência após ser tomada pelos visigodos. Só voltou a ter importância no século XI, com a ocupação dos muçulmanos, que reconstruíram as muralhas (de pé até hoje) sobre as fundações romanas, e as torres de Bujaco e Yerba, as principais sentinelas na entrada da cidade. Após um século de lutas entre cristãos e muçulmanos, foi reconquistada pelo rei Afonso IX no dia 23 de abril de 1229.


Cáceres também se envolveu em crises políticas posteriores. Sua nobreza era forte opositora de Isabel de Castela, que, após assumir a coroa, mandou cortar as torres de todas as casas-fortalezas da cidade. Menos a do Palácio das Cegonhas, cujo dono era seu único partidário. Já durante a Guerra Civil, foi duramente bombardeada pelas forças franquistas.

Um dia é o suficiente para percorrer com calma o centro medieval da cidade e entrar em seus museus. Para recarregar as energias e descansar as pernas, o Restaurante Racó de Sanguino é uma boa opção. Os destaques do cardápio são o bacalhau (muito consumido na região, pela proximidade com Portugal) e os cortes de carne de porco.

Fica na Plaza de las Veletas, um dos pontos centrais da cidade antiga. Lá está o Palácio das Cegonhas e o das Veletas, atual Museu de Cáceres. Esta construção, erguida no século XV sobre a estrutura de uma fortaleza árabe, guarda uma rica exposição sobre a história da região, com quadros, roupas, maquetes e utensílios. Mas seu destaque fica no subsolo: é o aljibe, um depósito árabe de água com cerca de mil anos, ainda em perfeito estado de conservação.


De lá se chega também ao bairro judeu da antiga Cáceres, colado a uma das muralhas. Com casas pequenas e muito mais humildes que os casarões fortificados de pedra, o bairro é até hoje área residencial, o que lhe confere um charme especial. Ali funciona o escondido Centro Turístico Baluarte de los Pozos, numa das torres de observação, que oferece uma das melhores vistas das muralhas.

Para quem aprecia igrejas, Cáceres é um prato cheio. A igreja de San Mateo, por exemplo, foi construída sobre ruínas de uma mesquita entre os séculos XVIII e XIX. A igreja de San Francisco Javier (na Plaza San Jorge) chama atenção por suas torres brancas, fugindo do tom marrom dominante na paisagem geral. E uma visita à impressionante Concatedral de Santa Maria, do século XVI, é também obrigatória.

Quando o sol se põe, Cáceres fica ainda mais bonita. Caminhar pelas vielas e praças da cidade murada à noite é um programa relaxante, se não estiver muito frio. Há iluminação todos os dias da semana, mas ela é especial nas noites de sextas-feiras e sábados, quando se ressaltam as principais fachadas.


Para quem quiser movimentação, perto do centro histórico há também grande concentração de bares e restaurantes. Uma das ruas mais agitadas é a pequena Calle de Sergio Sanchez, que reúne bares alternativos e despojados, dignos de uma cidade universitária como Cáceres, aos mais sofisticados, com tapas e drinques mais elaborados. A rua começa na Calle Pizarro, que também conta com grande número de bares. Mas o que se destaca fica abaixo do nível da rua. É o La Caballeriza, no andar inferior do Hotel Albarragena.

Como o nome já diz, o bar ocupa o espaço usado pelas cavalariças deste casarão do século XVIII. O acesso é feito por uma discreta escadaria, que, a princípio, parece uma passagem de nível. Ao final dela, há uma área ao ar livre, muito concorrida no verão, e um salão, que aproveita a estrutura original do prédio, com teto abobadado e ainda as baias onde ficavam os animais.


Fora da cidade também há o que apreciar. Vale visitar Malpartida de Cáceres, a 14 quilômetros do centro histórico, onde estão o Museo Vostell-Malpartida e o Monumento Natural de los Barruecos. Criado nos anos 1970 pelo artista plástico alemão Wolf Vostell, o museu funciona numa antiga estação de lavagem de lã. A construção, do século XVIII, fica às margens de uma represa cercada por gigantescos blocos graníticos, o que dá um contraste interessante entre a bucólica paisagem exterior e o interior, recheado com as questionadoras obras de Vostell.

Um dos fundadores do movimento Fluxus, caracterizado pela mescla de expressões artísticas, como artes plásticas e vídeo, por exemplo, e pelo uso de objetos cotidianos, Vostell encheu o antigo galpão com Cadillacs destruídos, videoinstalações, e obras feitas com motocicletas e televisores. Num prédio anexo, há mais obras do movimento Fluxus de outros artistas, entre os quais Yoko Ono.

Mitos e histórias em La Vera, na rota do imperador Carlos V


Se Cáceres é uma cidade grande com um centro histórico, a comarca de La Vera é um combinado de pequenos vilarejos cheios de histórias para contar. A mais importante e conhecida delas é a de um imperador que nunca havia pisado na Espanha e que escolheu o norte da Extremadura para passar seus últimos dias de vida.

Neto dos Reis Católicos e da dinastia dos Habsburgo, Carlos V (ou Carlos I, para os espanhóis) unificou sob a mesma coroa o Sacro Império Romano Germânico e a Espanha durante a primeira metade do século XVI. Após abdicar o trono em 1555, escolheu o monastério de Cuacos de Yuste para passar seus últimos anos. Seu trajeto pelo norte extremenho ficou conhecido como "rota imperial" e é refeito anualmente por peregrinos.


Sua primeira parada na região foi no palácio dos condes de Oropresa, em Jarandilla de La Vera, onde se hospedou por dois meses até a conclusão das obras de adaptação do monastério de Yuste. Atualmente, o palácio é o Parador Nacional Carlos V, da rede hoteleira Paradores de Espanha.

A poucos quilômetros está o monastério de Cuacos de Yuste, hoje um museu sobre o imperador, que morreu ali, em setembro de 1558, de malária. Além de quadros, bustos e brasões relativos ao monarca e sua família, estão expostos também uma réplica da liteira na qual ele fez a travessia de sete semanas entre a Cantábria e a Extremadura e o quarto imperial com um acesso direto ao altar do monastério: Carlos V podia assistir a missas deitado em sua cama.


Entre as duas cidades fica Garganta la Olla, um vilarejo parado no tempo, num bucólico vale. Na entrada da cidade, uma estátua da Serrana de la Vera, uma mulher que, segundo as lendas locais, vivia pelas montanhas da região seduzindo e matando homens.

Com a chegada de Carlos V, a cidade passou a abrigar seus soldados e funcionários. Caminhando por suas ruas estreitas, é possível encontrar casas com a inscrição "Ave Maria Puríssima", que indica que ali morava uma família judia expulsa pela Igreja Católica.

Ou então casas azuis com bonecas talhadas na fachada. Eram os antigos prostíbulos, conhecidos como "Casas das bonecas", que tinham janelas mais altas, para que os homens que chegavam pudessem observar as mulheres sem desmontar dos cavalos.

Plasencia, a capital informal do norte da Extremadura


Espécie de capital informal da região norte da Extremadura, Plasencia foi fundada no século XII e é a única cidade entre as principais da região que nunca foi ocupada por romanos ou muçulmanos. Ponto estratégico importantíssimo durante a Reconquista, hoje funciona como centro dos pequenos povoados rurais da área.

Por isso mesmo o melhor dia para visitar a cidade é na terça-feira, quando acontece uma feira na Plaza Mayor com produtores de toda a região. Ótimo momento para comprar o famoso pimentón (pimenta vermelha em pó, onipresente na gastronomia local), entre outros produtos.

Mas a atração principal da praça é o Abuelo Mayorga, boneco que, desde os anos 1960, martela o sino da prefeitura a cada hora. Ainda na Plaza Mayor, aproveite para conhecer o La Pitarra del Gordo, um dos mais tradicionais da cidade. Com inúmeros pedaços de jamón e pimenteiras pendurados no teto e seu tradicional vinho de pitarra, o lugar parece uma taberna medieval, mas vale a pena.


Já a decoração do Succo, resto-bar relativamente novo, é oposta. Ambiente clean, música suave e tapas elaboradas com os ingredientes da região, como a de torta de Casar ou o zorongollo (pimenta assada, cebola, atum e laranja).

A Catedral de Plasencia também merece uma visita, nem que seja apenas para ver o lado de fora. A parte antiga, gótica, erguida entre os séculos XIII e XIV, deveria ter sido substituída por uma nova, que começou a ser construída em 1498 e nunca foi concluída. Em 1558, com a morte de Carlos V, a ala "moderna" foi inaugurada às pressas e o que se vê hoje é o resultado dessas duas catedrais misturadas.

Queijo de Casar e pata negra


Como todo espanhol, os naturais da Extremadura têm o orgulho como traço marcante de personalidade. E boa parte se deve aos produtos locais que dão cara e sabor próprios à gastronomia da região. Nesse sentido, a principal bandeira dos extremenhos é a torta del Casar. Não é um bolo, muito menos para casamento. Originário do povoado Casar de Cáceres, a poucos quilômetros de Cáceres, trata-se de um queijo feito com leite de ovelha não-pasteurizado. Sua textura é cremosa e o sabor, muito forte. Lembra o queijo de cabra convencional, mas um pouco mais amargo. É usado em entradas, saladas, pratos principais e sobremesas. E, sim, é chamado de torta porque o formato parece o de um pequeno bolo arredondado.

Ir à Extremadura e não provar o queijo de Casar só é um pecado comparável a estar lá e não degustar um jamón ibérico de bellota. A mais nobre classe de pata negra tem na região sua principal área produtora. Cerca de 80% do jamón de bellota do país sai dos vastos campos extremenhos.

Bellota (ou bolota, para os portugueses) é o fruto das árvores da família do carvalho, uma castanha parecida com as que os esquilos dos desenhos animados adoram. Para que sua carne chegue ao nível de perfeição, os porcos pretos, típicos do oeste espanhol, passam os últimos meses de vida ao ar livre, se alimentando do pasto, de raízes e desses frutinhos.

Como acompanhamento para as finas fatias de presunto cinco estrelas os vinhos da Extremadura não fazem feio. Sem ainda chegarem perto do prestígio da produção de La Rioja, os extremenhos vêm se qualificando ao longo dos anos e vale a pena dar um voto de confiança a eles. Para os apreciadores de espumantes, há também cavas locais.

Mas se a ideia for provar a bebida realmente típica da região, peça um vinho de pitarra. Feita de forma artesanal, a bebida é vendida em bares e mercearias de Cáceres e até dos menores vilarejos. Pitarra é como são chamados os tonéis de barro onde o vinho fica depositado para fermentar. O resultado é uma bebida forte e seca, usada como aperitivo ou digestivo, mas muito popular também nos bares de tapas. Nada melhor para conhecer o verdadeiro sabor da desconhecida Extremadura.

ONDE FICAR

Albarragena: A diária do quarto duplo fica em 90 euros. Calle Pizarro 10, em Cáceres. Tel. (34) 927 22 06 57. www.albarragena.com

Hotel Rural Ruta Imperial: Diária de quarto duplo com café da manhã a partir de 70 euros. Machoteral s/n, em La Vera. Tel. (34) 927 56 13 30. web.hotelruralrutaimperial.com

Parador de Plasencia: Plaza San Vicente Ferrer s/n. Tel. (34) 927 42 58 70. Diária de quarto duplo a partir de 90 euros. www.paradores.es

COMER E BEBER

CÁCERES

Casa Mijhaeli: Calle Barrio Nuevo 6. Tel. (34) 927 243 260. www.casamijhaeli.es

Restaurante Racó de Sanguino: Plaza de las Veletas 4. Tel. (34) 927 227 682. caceres.portaldetuciudad.com

La Caballeriza: Calle Pizarro 10, Cáceres. Tel. (34) 927 22 06 57. www.albarragena.com

PLASENCIA

La Pitarra del Gordo: Marques de Ceballos 3. Tel. (34) 927 422 969. www.lapitarradelgordo.com

Succo: Calle Vidrieras 7. Tel. (34) 927 412 932. www.restaurantesucco.es

PASSEIOS

CÁCERES

Concatedral de Santa María: A entrada custa 1 euro. Plaza Santa María s/n. Tel. (34) 927 215 313.

Centro Turístico Baluarte de los Pozos: A entrada é gratuita. Calle Barrio de San Antonio 17. Tel. (34) 927 226 044.

Museu de Cáceres: A entrada custa 1,20 euros. Plaza de las Veletas 1. Tel. (34) 927010877. museo caceres@juntaextremadura.net

LA VERA

Monastério de Yuste: A entrada custa 2,50 euros. Informações em www.patrimonionacional.es/Home/Monasterios-y-Conventos/Monasterio-de-Yuste.aspx

PLASENCIA

Catedral: A parte nova abre todos os dias a partir das 9h. A entrada é gratuita. Já a parte velha abre de segunda-feira a sábado a partir das 9h. Entrada custa 1,50 euros. Informações em www.plasencia.es .

Ibitirama na região do Caparaó, um lugar que guarda muitas belezas

foto: Andresa Alcoforado

Pico da Bandeira
Em muitos pontos o cenário ainda é bem rural com estrada de terra batida
foto: Divulgação

Lugares imperdíveis:

O rio de Pedras- distrito de Pedra Roxa
O pico da Bandeira
Toca de São Jorge- Santa Marta
Truta- Santa Marta
Cachoeira do Chiquinho
Prainha- Santa Marta

Como chegar?

Quem
saí de Vitória pode pegar a   BR 101 com destino a Cachoeiro, depois
entra na BR 482 até o distrito de Celina, após Alegre e segue da ES 190 até Ibitirama. Existe outro acesso via BR 262. Segue até a entrada de Iúna, depois entra na ES 190. Passando
Iúna o município de Ibitirama fica logo depois.
onde a charrete ainda é usada como meio de transporte pelos moradores. O município de Ibitirama, que fica na região do Caparaó, tem hoje 10 mil habitantes e fica a 170 Km da capital Vitória. O que pouca gente sabe é que o conhecido Pico da Bandeira, terceiro mais alto do Brasil, fica em Ibitirama.

 Ainda pouco explorado pelo turismo, Ibitirama guarda belas cachoeiras,
pedaços de mata ainda inexplorados e muita potencialidade para o
turismo.No centro da cidade nada mais que tranqüilidade e muito sossego e o rio Norte corta a cidade de um lado a outro. A maioria dos habitantes vive na zona rural.

Na chegada da cidade, pela ES 190, o visual  encanta pelas pequenas cachoeiras em torno da rodovia. Mas dentro do município existem quedas d'água com mais de 80 metros de altura  e córregos surgem como pequenos filetes de água. Por onde se anda, lá estão nascentes.

Um destaque é o Rio de Pedras, na comunidade de Pedra Roxa. Em cada trecho há pedras gigantescas fazendo contraste com as menores, que parecem terem sido lapidadas a mão. Já nos poços de águas verdes, a temperatura baixa é o maior desafio a ser vencido pelos visitantes.

Quem recomenda o passeio é o guia e educador ambiental, Carlos Dutra. Conhecedor das trilhas do Caparaó ele afirma que quem conhece Ibitirama se apaixona pelos lugares exóticos e pouco explorados.
Fonte desta Imagem: Site es.gov.br

"É difícil o acesso a alguns locais,  mas o lugar é lindo. Outro ponto que merece ser visitado é a Toca de São Jorge, que fica no distrito de Santa Marta, dentro do Parque Nacional do Caparaó. O trajeto é mais fácil, porém quem não conhece deve pedir ajuda. A trilha é feita na mata fechada e lá em cima tem uma gruta com uma espécie de santuário. Difícil explicar a emoção", conta Carlinhos.

Trutas

Também no distrito de Santa Marta fica localizado o maior produtor de truta da America Latina. A fazenda, com 80
foto: Divulgação


Macacos Muriquis
tanques, produz o peixe para os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. O consumo ainda no Espírito Santo é pequeno. A água cristalina captada para a criação impressiona. O local é o mais visitado por quem vai à região e na mata ao lado dos tanques é possível notar a presença dos macacos muriquis.

Acesso ao Pico por Ibitirama

Para potencializar o turismo, o objetivo agora é tentar uma trilha de acesso ao Pico da Bandeira que seja legalizada. De acordo com o secretário de turismo de Ibitirama, Eduardo Lemos, o acesso iria movimentar mais o turismo na região, uma vez que a entrada capixaba de acesso fica no município de Dores do Rio Preto.

"Temos trilhas que muitas pessoas sobem de forma clandestina, não há risco nenhum, mas queríamos que o Icmbio(antigo IBAMA) legalizasse o acesso para que o turismo se intensifique aqui. Temos lugares maravilhosos que precisam ser explorados", conta o secretário.

Onde ficar

Pousada Vovó Virgínia
Contato: (28) 3569 1235 ou 3569 1130

Pousada e Restaurante HGL
Contato: (28) 9926 1282

Hotel e Restaurante Ibitirama
Contato: (28) 3569 1406

Restaurante do Arquimedes
Centro sem telefone

Pousada Gravel- distrito de Santa Marta
Contato: (28) 3569 3026

Restaurante Terreirão
Santa Marta-sem telefone


Pousada Águas Verdes- Pedra Roxa
Contato: (28) 9918 1129


Fonte: A Gazeta

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Cataratas do Niágara entre o Canadá e os Estados Unidos

Niagara Falls é considerada a maior cachoeira do rio Niagara. As quedas cobrem a fronteira internacional entre a Província de Ontário do Canadá e do Estado de Nova York. As Cataratas do Niágara tem 27 km (17 milhas) de comprimento de norte a noroeste de Buffalo, Nova York e 120 km (75 milhas) de sul a sudeste de Ontário. O Niagara é dito ser o mais poderoso que cai no planeta Terra. Ele é conhecido tanto por sua beleza como fonte de energia hidráulica. Assim equilibrar tanto o uso comercial e industrial das quedas tem sido visto como muito desafiador.
Imagem de Niagara Falls a partir da torre de observação oficial nos EUA

As Cataratas do Niágara é composta por três pequenas quedas chamadas de Horseshoe Falls, a American Falls e Bridal Veil Falls.


Horseshoe Falls é considerada a melhor e mais bela de todas as quedas. Esta queda está localizado no lado canadense. O nome da cachoeira foi dado devido à forma das quedas. As Cataratas Americanas são um pouco menos impressionantes do que a ferradura como tem quase nove vezes menos água na mesma e que é a forma não é muito impressionante de se ver. A terceira cai, a Bridal Veil Falls, é ainda mais fina que a americana, mas a névoa que envolve as quedas dá uma idéia do véu de uma noiva recém-casada.
Niagara Falls vista panorâmica da América e do Canadá Horseshoe Falls. Foto: Sbittante, Creative Commons

Algumas das principais atrações turísticas de todo o Niagara Falls incluir o Maid of the Mist (cruzeiro), Journey Behind the Falls (plataformas e túneis abaixo das quedas), Iluminação das Cataratas, visitas de observação e um cinema IMAX que dá um passeio educativo das quedas. O momento mais visitados é durante o verão, devido à sua e à noite atrações durante o dia.

Algumas das principais atrações turísticas de todo o Niagara Falls inclui o Maid of the Mist (cruzeiro), Journey Behind the Falls (plataformas e túneis abaixo das quedas), Iluminação das Cataratas, visitas de observação e um cinema IMAX que dá um passeio educativo das quedas. O momento mais visitados é durante o verão, devido à sua e à noite atrações durante o dia.

American Falls à direita e Bridal Veil Falls. Foto: Paul Mannix, Creative Commons

Vista aérea das Cataratas do Niágara a 3.500 metros acima do
Foto: Duke, Creative Commons

Site oficial de turismo: http://www.niagarafallstourism.com/

Espírito Santo: Descubra sua praia deserta

Gabriel Lordêllo. ES - Itapemirim - Ilha dos franceses

Um paraíso à beira-mar. Se é o que você procura, está na hora de pôr o pé na estrada. Mais da metade do litoral capixaba - que possui 411 quilômetros - é de praias desertas e com pouca movimentação. O dado pode surpreender, mas a verdade é que o território está cheio de recantos de pura beleza, sem urbanização, onde se ouve apenas as ondas quebrando no mar, o vento, os pássaros. Onde a única companhia será o guruçá, o caranguejinho amarelo das areias.




Gabriel Lordêllo. Nascer do sol na praia de Grumaté, em Aracruz

São cenários encontrados de Norte a Sul. Só em Linhares, que possui a mais extensa faixa de areia do Estado, está o maior número de praias desertas. "No município, há mais de 30km de praias sem nenhuma ocupação, só restinga e areia", revela Pablo Merlo Prata, coordenador do Gerenciamento Costeiro do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).

Recompensa 
Uma recompensa para quem decide enfrentar estradas de chão, trilhas, caminhadas pela praia ou simplesmente abrir mão do conforto das áreas urbanizadas. Quem opta pela experiência vai encontrar uma diversidade de encher os olhos. "Um litoral nada monótono", diz Jacqueline Albino, professora do Departamento de Ecologia da Ufes.

Águas cristalinas, falésias, formações rochosas e pequeninas enseadas guardam os segredos do Litoral Sul. Quem busca o Norte vai curtir o encontro do rio com o mar, as piscinas naturais morninhas e praias de horizonte infinito. Em alguns locais, terá a impressão de que a paisagem se mantém como nos tempos em que o Brasil foi descoberto.

Os acessos partem das rodovias que margeiam o litoral, a ES 010 e a ES 060. No Sul, como os rios são de menor porte, será mais fácil chegar aos locais. Já no Norte, é bom consultar um mapa e ouvir moradores da região. Em Linhares, por exemplo, para transpor o Rio Doce e chegar a outros locais, é preciso distanciar-se do litoral. Por último, não esqueça que, ao visitar locais desertos, é preciso retornar com o que levou, principalmente o lixo. "E traga somente as boas lembranças", destaca Pablo.

Foi pensando nisso que A GAZETA preparou um roteiro para ajudá-lo a se tornar um "caçador de praias desertas", lugares onde a natureza nos mostra como as coisas boas da vida são simples.

"Aqui percebemos a tranquilidade que a cidade grande nos tirou. Nesta natureza tão preservada, reina uma paz que nos permite refletir sobre a vida que levamos."

"Há dez anos ficávamos embaixo de uma amendoeira. Hoje, a praia já conta com alguns quiosques do lado baiano, mas não deixou de ser um paraíso."


Gabriel Lordêllo. Nascer do sol na praia de Grumaté, em Aracruz. 

Ponha o pé na estrada e encontre o paraíso 

Presidente Kennedy 

Marobá. O acesso é pelo litoral, pela ES 060. Conta com longos trechos desertos. Sua orla é composta pela vegetação costeira, isenta de qualquer infraestrutura

Marataízes 

Andorinhas. Possui uma pequena infraestrutura e quiosques de palha. Tem pouca movimentação na praia. O acesso é pela ES 060

Falésias. Podem ser observadas ao longo de quase todo o Litoral Sul. Um dos trechos mais belos está em Marataízes, onde são frequentes as caminhadas pelas praias desertas. Margeiam a ES 060

Caculucagem. A praia em frente a lagoa conta com longos trechos de área deserta. O encontro com a água doce dá um sabor especial à praia. Fica às margens da ES 060
Praia dos Cações. Outro trecho de praia deserta próximo ao bairro Boa Vista, uma pequena vila de pescadores. O acesso também é pela ES 060

Itapemirim 

Itaoca. Após o distrito, rumo a Marataízes, há trechos desertos. Dela é possível avistar a Ilha dos Franceses. O acesso é pela ES 060

Piúma 

Gamboa. Saindo de Piúma, em direção a Marataízes, pela ES 060, há alguns atalhos em estrada de chão, margeando a rodovia, que garantem o acesso à praia. Tem pouca movimentação

Areia de Conchas. É uma pequena enseada, rodeada por várias outras enseadas, em cujas águas é fácil encontrar muitas tartarugas. É um paraíso. Fica em Iriri, na estrada antiga que liga Piúma a Anchieta. Para chegar ao local é preciso passar por uma propriedade privada, localizada em um dos vários residenciais. Outra alternativa é um passeio de barco com saída em Anchieta

Sapê e Tombo. Duas pequenas enseadas localizadas em Iriri, na estrada antiga que liga Piúma a Anchieta. O acesso é pelo Condomínio Residencial Morea. Para chegar as praias é preciso carro tracionado ou disposição para caminhadas. Vale o esforço

Anchieta 

Trecho entre Castelhanos e Parati. Uma longa costa de pequenas praias desertas. A partir de Anchieta, siga margeando o litoral e irá encontrar várias praias desertas, formações rochosas, pequenas ilhotas que compõem cenários paradisíacos
Além. Logo após Ubu há longos trechos de praia completamente desertos. Logo após a Samarco, há um acesso à direita, margeando a praia

Guarapari 

Parque Estadual Paulo César Vinha. A praia localizada em frente ao parque é deserta e sem infraestrutura. Águas calmas e cristalinas. Tem uma beleza diferente próximo à lagoa dos Caraís, no parque. O nascer do sol é magnífico. O acesso é pela Rodovia do Sol

Aracruz 

Gramuté. Pequena enseada cercada de árvores de restingas. Possui piscinas naturais onde é possível praticar o mergulho. Deixe o carro no portal da cidade, localizado na entrada de Aracruz, e siga por um pequena trilha, de uns 200 metros
Sauê. Com extensão de 800 metros, é indicada para banho e pesca. Em suas areias forma-se a Lagoa do Rio Sauê, margeada por vegetação de aroeiras. Fica às margens da Rodovia ES 010, logo após o posto da polícia.

Virgem. Localizada em Barra do Riacho, ao Norte da foz do Rio Riacho, possui altas ondas, próprias para surfistas. Suas águas são claras e a areia é grossa e amarela. Faz parte da Reserva Indígena de Comboios, onde podem orientar a sua entrada

Linhares 

Regência. Também conhecida como Praia da Boca do Rio. Suas águas são amarronzadas em decorrência do encontro com o Rio Doce. Fica em Regência, uma pequena vila de pescadores. O acesso é pela ES 010. Na base do projeto Tamar vire à esquerda e percorra mais 6 km até a entrada da cidade.

Azul. Fica uns quatro quilômetros antes de Regência, seguindo para o Norte. Assim é chamado pelos moradores o trecho da praia escolhido pelos surfistas, pela coloração da água. O acesso é pela ES 010, dois quilômetros antes da Terminal Norte Capixaba da Petrobras, onde ficam os tonéis ou reservatórios de petróleo.

Base do Tamar. A reserva Biológica de Comboios fica a 6Km da cidade de Regência. Neste mês, é possível acompanhar a abertura dos ninhos de tartaruga, no final do dia.

Deserta. O acesso também é pelo litoral, pela ES 010. A estrada é bem sinalizada.
Barra Seca. É a única praia de naturismo do Estado. É preciso percorrer 54 km pela estrada de acesso ao Pontal do Ipiranga, não-asfaltada, mas em boas condições. Chegando ao rio Ipiranga, pegar um barco que faz a travessia do rio

São Mateus 

Urussuquara. Praia extensa, quase deserta, onde há o encontro do mar com o Rio Ipiranga. Em Linhares, siga pela estrada de acesso ao Pontal do Ipiranga, não-asfaltada, mas em boas condições. Chegando a Barra Seca, ande por mais 4km

Conceição da Barra 

Meleiras. Alguns moradores a identificam como Pontal da Barra. Totalmente deserta em seus mais de 20km. O caminho é por Guriri, seguindo por uma estrada de chão, paralela a praia, por 12 km. Depois é preciso fazer uma trilha de uns 800 metros. Vale o esforço

Riacho Doce. Um dos mais lindo recantos que fica na divisa do Estado com a Bahia. O acesso é a partir do Parque Estadual de Itaúnas, por uma estrada de chão, bem sinalizada, de uns 20km. O lado baiano conta com alguns quiosques de palha.

Dunas. Fica dentro do Parque Estadual de Itaúnas. Na BR 101, siga para Conceição da Barra. O acesso é bem sinalizado. Além do sítio histórico é possível curtir a praia que leva o nome da cidade e que conta com quiosques. Não perca o nascer ou pôr do sol nas dunas

Guaxindiba. Praia localizada no bairro de mesmo nome, em Conceição da Barra. Sua grande atração são as raízes da vegetação do manguezal, uma das mais altas do país. Use repelente

Mucuri, Bahia 
Praia Dois. Uma paraíso na terra. Por sua proximidade com Riacho Doce, vem sendo muito frequentada por capixabas e turistas que estão no Norte do Espírito Santo. Deserta, sem nenhuma urbanização. O acesso é a partir do Parque Estadual de Itaúnas, por uma estrada de chão, bem sinalizada

Costa Dourada. Outro point baiano muito procurado por quem está ao Norte do Estado. Já conta com pequena infraestrutura na vila


Fonte: A Gazeta